06 maio 2011

Amor de Mãe


O Amor da mãe pode ser traduzido
em uma palavra:
doação.
Falar desse sentimento é entender que ele
é a mais completa forma de amor.
Um amor que se doa,
coloca em primeiro plano o bem-estar,
a segurança de um outro ser.
Impossível falar de mãe
sem falar da pureza de um amor,
que diante de todo o sofrimento disse Sim: Maria.
Uma mãe que,
como tantas mães em nosso país,
olha com lágrimas nos olhos o presente
e o futuro árduo do filho.
Talvez seja por isso que a mãe Maria
se expressa em cada olhar de mãe,
em cada gesto de doação da mulher.
No rosto de uma mulher que assume
a maternidade inteiramente,
mesmo diante de tudo o que há de vir,
há a presença iluminada de um lado vivo,
mas esquecido por todos,
homens e mulheres:
O AMOR!!!!
 
A ILUMINAÇÃO DO PRÍNCIPE 
SIDDHARTA GAUTAMA
Siddharta viveu como príncipe, na corte de seu pai, um rei poderoso, no norte da Índia, até aos 29 anos de idade, conhecendo todos os prazeres da vida, até que um dia, viu pela primeira vez um velhinho, uma pessoa muito doente e um homem morto.

Após estas visões, o jovem príncipe perdeu o interesse pela vida e mergulhou em pensamentos, abismado com o destino das pessoas.
Então, desejando descobrir os mistérios da vida, Siddharta deixou a casa de seu pai, um rico palácio, e foi viver uma vida de privações na floresta, meditando, acreditando que quanto mais castigasse seu corpo físico, mais puro seu espírito se tornaria. Reduzia gradativamente a alimentação, até parar completamente de comer. Passava por sofrimentos contínuos, cada um pior que o outro, tudo com o propósito de dominar o corpo e os desejos da mente.Após seis anos de prática asceta, Siddharta reconheceu que este caminho não era o mais indicado para alcançar a Iluminação e, numa noite, Siddharta pensou: "-Eu era cheio de juventude com a mente livre e o espírito calmo. 

É isso. Bons pensamentos só acontecem nos corpos sadios..."Siddharta então se alimentou e atravessando o rio Ganges, sentou-se debaixo de uma árvore frondosa. Nesse momento fez um juramento solene a si mesmo: "-Não devo sair desse lugar até que alcance o verdadeiro sentido da vida."

Então, silenciosamente, entrou em estado de meditação.Mara, o rei dos demônios, temia que Siddharta, uma vez que atingisse a Iluminação, atraísse a admiração de todas as pessoas, tornando-se mais poderoso que ele.Mandou, então, suas filhas, mulheres de beleza surpreendente, brincarem próximo ao local onde Siddharta meditava para distraí-lo de seu propósito.Reconhecendo que Siddharta não se movia por mais que tentassem seduzi-lo, as mulheres se foram, blasfemando muito contra o jovem príncipe.Mara, o rei dos demônios, enviou, então muitos monstros até o local onde estava Siddharta, mas quando se aproximaram do jovem, sentindo que seu coração estava cheio de compaixão e amor, ficaram muito mansos, sentadinhos aos pés do jovem príncipe.Mara, enfurecido, enviou então uma bola de fogo contra Siddharta, mas quando esta chegou perto de Siddharta, se transformou em uma chuva de pétalas de flores multicoloridas, que caíram no chão enfeitando o local onde ele estava.Siddharta continuou a meditar como se nada tivesse acontecido e, quanto mais profundamente meditava, mais paz e felicidade sentia.Foi numa manhã de lua cheia de Maio, quando a estrela d'alva cintilava no céu, que o jovem príncipe Siddharta Gautama atingiu o estado mais elevado de Iluminação.


Então, amanhecendo, Siddharta levantou-se lentamente e, deste dia em diante, passou a ser considerado "O Buda", ou "O Iluminado".Quando o Buda (Siddharta) caminhou em direção a cinco ascetas que meditavam na floresta, todos se comoveram com sua aparência majestosa que dominava o ambiente, e incapazes de se controlarem, curvaram-se em profunda reverência ao jovem Mestre.
Em pé, diante dos cinco ascetas, Buda começou a falar calmamente a eles. Eis o primeiro sermão de Buda, feito logo após sua Iluminação.
 

O Sermão de Benares

"-(...)Oh monges, a sublime verdade que o ser humano, uma vez que nasce neste mundo, não consegue escapar dos seguintes sofrimentos:

o nascimento
 o envelhecimento
 o confronto com aqueles que contrariam seus desejos
 a perda de quem se ama
 a impossibilidade de se obter tudo o que se deseja
 as enfermidades e a morte.

(...)enquanto meditava, descobri que nossas vidas são eternas, mas nascem neste mundo, carregadas de Skandhas (virtudes, moralidade, nossas tendências positivas) e Nidânas (vícios, defeitos, nossas tendências negativas), acumulados em vidas anteriores, e esta é a verdade sublime da causa de todo sofrimento humano: o desejo pelo prazer dos sentidos e a luta para obter poder e assim gozar a vida física, arroja as almas a seguidos renascimentos(Sansara).Queimar todo mau karma, fonte do sofrimento, e aumentar o próprio Dharma é possível ao ser humano, evitando levar a vida em busca de prazeres físicos e reconhecendo que o eu e o outro somos na verdade somente um.


Os sofrimentos da vida física gerados pelo apego à temporaneidade, podem ser dominados através do cultivo da compaixão, da sabedoria e da prática da meditação. Pelo seu esforço pessoal o homem pode libertar-se de todas as servidões e sofrimentos.Aprende, pois, o que é o sofrimento, embora não haja nada para aprender; abandona as causas do sofrimento, embora não haja nada para abandonar; concentra-te na cessação, embora nada possa cessar; pratica os meios de chegar á cessação embora não haja nada a praticar; despertando assim a consciência não para o conhecimento apenas, mas sobretudo para a sabedoria que revela a realidade última, o Nirvana, que pode ser alcançado trilhando o dourado caminho do meio (saúde perfeita, mente perfeita, integração com o mundo perfeita).

A libertação de cada ser depende da sua própria compreensão da verdade. Cada um é responsável pela sua felicidade ou pelo seu infortúnio. Quem souber descobrir dentro de si a verdadeira natureza dos laços que determinam o encadeamento sem fim das causas e dos efeitos, quebrará o círculo infernal e atingirá a libertação.Feliz daquele que no período de vida desenvolve skandas, pois cria os próprios meios de evolução; infeliz daquele que desenvolve nidânas, pois dificulta a sua evolução e, ao morrer, assume formas demoníacas.A partir desse momento, oh monges, meu espírito está liberado para sempre. Com toda segurança vivo esta minha última reencarnação. Depois de minha morte, nunca me reencarnarei neste universo de homens.Por favor, escutai atentamente este conselho: Decadência é inerente a todas as coisas existentes.  

Somente o Dharma perdurará para sempre.Oh monges, busquem, com todo afinco, por sua liberação."
Siddharta Gautama – Buda